Contagem regressiva PB2023

Comunidade LGBT+ e a música.

A música desempenha um papel poderoso no ativismo LGBTQIAPN+. Ser artista envolve luta, resistência e coragem para romper barreiras da LGBTfobia e preconceito estrutural.

Ao longo da história, a música tem sido uma forma de expressão que uniu a comunidade e transmitiu mensagens de resistência, igualdade e aceitação. Muitos artistas pelo mundo são fundamentais para esse movimento, como Elton John, Freddie Mercury, Lady Gaga, Madonna, além dos nossos queridos brasileiros, Ney Matogrosso, Cássia Eller, Liniker que também exploram esses estigmas em torno de suas sexualidades e identidades de gênero para trazer mais disseminação à causa LGBTI+.

Artistas de todos os tipos se juntam para trazer esse ativismo político em festivais, shows, e até mesmo na última coroação do Rei Charles, com o show da Katy Perry e as luzes nos tons de arco-íris. Vocês viram esse momento? Será que foi um shade?

Reprodução: Katy Perry no Coronation Concert

A nossa rainha do pop, Madonna está desde o início de carreira lutando pela vida de pessoas através de sua influência. Músicas como “In This Life” a rainha do pop chega a perguntar ao ouvinte “Você já viu seu melhor amigo morrer? Você já viu um homem crescido chorar?” A canção fala sobre o luto e a perda ao se dar conta que seu melhor amigo havia morrido, provavelmente por HIV, e era tratado de forma diferente por ter escolhido um homem para amar. Nesse mesmo álbum, “Why’s It So Hard” ela também indaga sobre o sistema para viver o amor, sem dor.

Reprodução Instagram

No Brasil, Alana Fox, cantora, produtora musical e artista presente na cena pop mineira, uma artista trans, que ganhou a categoria “Revelação do Vale” no Prêmio Biscoito de 2022. Alana traz toda sua vivência e dificuldades da vida de uma pessoa transgênero. Ela chegou com seu projeto artístico em 2018 como uma personagem de jogo, mas não demorou muito, deixou o mundo virtual e vem se consolidando como uma artista com um trabalho icônico. Além do PB, ela também foi vencedora da categoria “Artista a Despontar” do Brack Tudo Awards 2022. Em 2023, o projeto é de lançar um álbum inteiramente feito por trans femininas e travestis, chamado TravesChicas. Tudo e mais um pouco, né?

Reprodução Instagram

Outro ícone do nosso vale é o cantor Dornelles, cria da zona norte do Rio de Janeiro, também ganhou o Prêmio Biscoito, na categoria “Clipe do Vale” e está sendo uma grande revelação na música com o público LGBTI+. Irreverente e cheio de personalidade, o artista traz muitos hits que afloram essa vivência nas favelas do RJ e das dificuldades em ser pobre no mercado da música. O single ‘Queimado’ é um clipe gay feito pela comunidade para a comunidade, e já acumula mais de 100 mil visualizações no YouTube. O cantor vem chamando atenção de várias personalidades nas redes sociais, inclusive da cantora Lia Clark.

Podemos ver como a música pode ter uma grande influência para os cantores periféricos e sem oportunidades, né? Aproveita, e siga a gente nas redes sociais e acompanhe outros conteúdos sobre a nossa comunidade.